Naufrágio em chamas

Tirou o par de meias
Convidou-me a deitar
Em suspiros de calor
Fez-se as ondas no lençol

Seu aroma dançava em meu olfato
Ao som daquele samba corporal
Gerado pelo divino contato
Onde sua dissonância me possuía

Vasto era o regalo
Tão monótono o recinto
Tornou-se babilônico

Fluentes e periódicos movimentos
Sobre a pressão do prazer
Afogaram-me em suas chamas

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