A cada transcendência

Quando os portais se abrem
Mergulho sem medo nesse mar de soltura
Me entrego de corpo e alma 
A naturalidade segura
a cada sincopagem
a cada harmonia
a cada melodia
a cada dissonância
a cada paciência
a cada ressonância
a cada protuberância
a cada textura
a cada lapso de loucura
a cada litro de gasolina
a cada olhar ao dialogar aquela menina 
a cada turbo de dopamina
a cada porcentagem de estamina
a cada onda, que faz tubo e se inclina
a cada percepção da natureza humana
a cada sinceridade sentida na flor das pupilas
a cada humildade sentida
a cada arte parida
a cada reciprocidade despretenciosa
a cada vento propulsionador
a cada palavra aprendida
a cada fumaça dissipada
a cada rima perdida
a cada amizade construída
a cada amor difundido
a cada balanço desprendido
a cada expectativa de bons ares
a cada maresia inspirativa
a cada rima despretenciosa
a cada tarde de sensibilidade ociosa
a cada repetição necessária
a cada teimosia involuntária
a cada verso sobrenaturalmente guiado
a cada partícula positiva integrada nas diversas crenças
a cada potencialização das individualidades
a cada singular psicoestética
a cada movimento
a cada ciclo
a cada passo
a cada sinetia a dor
a cada termo obscuro
a cada tesouro desenterrado

a cada infinidade dos possíveis póstumos versos

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